Sou Cultura viva, pulsando no compasso da bateria! Sou sangue do gigante Brasil!

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sábado, 14 de janeiro de 2012

E de lá pra cá só céu e mar e ESPERANÇA!

Inaugurando os trabalhos de 2012, um samba magistral e um desfile da mesma forma deslumbrante, trazendo para o piso da Marquês de Sapucaí a mais pura história do Brasil.
Casal de Mestre Sala e Porta Bandeira da Imperatriz Leopoldinense em desfile.

Em 1996 a Imperatriz Leopoldinense buscava o tri campeonato de um forma muito forte, mas ele não veio. Apesar disso, o samba contou de forma muito clara a história de Carolina Josefa Leopoldina no enredo "Imperatriz Leopoldinense honrosamente apresenta "Leopoldina a Imperatriz do Brasil", de autoria da memorável Rosa Magalhães, responsável pela abertura dos jogos panamericanos do Rio de Janeiro de 2007!
Comissão de Frente da escola no ano de 1996.


Diz a letra do samba: 

Atravessou o mar
Temendo a invasão a Portugal
Desembarcando aqui, toda a família real
O tempo passou
D. Pedro precisava se casar
E foi da Áustria, a escolhida,
Carolina Josefa Leopoldina
Clareia, Viena
Num raro espetáculo de cor
Pela vontade do rei
Marialva, o marquês
A Europa deslumbrou
Viena clareia
O noivado se realizou
Diamantes são presentes
Junto a um rico medalhão
Que fascina Leopoldina
Que casa por procuração
 
E de lá pra cá
Só céu e mar ... Esperança
Do eldorado encontrar
O paraíso ... E bonança
 
E ao chegar, o seu olhar se encantou
Linda aurora, fauna e flora
Revela o amor por esse chão
E a Pedro impele em carta
Independência ...
da nossa nação (lá vem raiz)
ÔÔÔ Lá vem raiz
A Leopoldina é imperatriz
É carnaval, é samba verdadeiro
Eu me orgulho de ser brasileiro
Mais uma vez temos a referência à vinda (ou fuga) da família real portuguesa para o Brasil em 1808 após o decreto do bloqueio continental imposto por Napoleão à Europa. O Bloqueio Continental foi um decreto datado de 21 de novembro de 1806, que consistia em impedir o acesso a portos dos países dominados pelo Império Francês a navios da Inglaterra. Com isso, o principal objetivo era isolar economicamente as Ilhas Britânicas, sufocando suas relações comerciais.

  O Governo de Portugal se recusava á aderir ao bloqueio devido á sua aliança com a Inglaterra, da qual era extremamente dependente. Suas riquezas vinham de suas colônias, principalmente do Brasil. Com um reino decadente, Portugal não tinha como enfrentar Napoleão. Assim, a solução encontrada, com o forte auxílio dos ingleses, foi trazer toda família real ao Brasil!
 Essa foto é da comissão de frente da mocidade no ano de 2008 que representava exatamente a vinda da família real!

Mas... o objetivo principal do desfile era retratar a história da futura esposa de D. Pedro I, que necessitava de um casamento. Como todos já devem saber, nessa época e sobretudo em relação às grandes famílias reais, os casamentos eram arrtanjados e coube ao Marquês de Marialva a tarefa de encontrar uma esposa para D. Pedro I. 
 E como diz o samba  "E foi da Áustria, a escolhida, Carolina Josefa Leopoldina!". A arquiduquesa Carolina Josefa Leopoldina Francisca Fernanda Beatriz de Habsburgo-Lorena teve desde pequena, uma educação esmerada, adquirindo conhecimentos científicos, políticos, históricos e artísticos, além de aprender idiomas estrangeiros, especialmente o francês. 
No final de 1816, começaram as negociações de seu casamento com o príncipe herdeiro do trono português, D.Pedro I, filho de Dom João 6º e Carlota Joaquina. Através desse casamento, Portugal ligaria a Casa de Bragança a uma das mais fortes monarquias européias, além da possibilidade de se livrar do domínio político da Inglaterra. Já para a Áustria, era a possibilidade de entrar no comércio tropical.
 Cena da minissérie "O Quinto dos Infernos", onde é retratado o choque no encontro dos noivos, que só haviam se visto através de retratos e cujo casamento havia sido realizado através de uma procuração.

Com a mulher, dom Pedro informava-se de muitas coisas da Europa. Além de uma boa visão política, ela era a pessoa que mais podia influenciar o príncipe a renunciar à idéia do retorno a Portugal. Com a iminência de uma guerra civil, que pretendia separar a Província de São Paulo do resto do Brasil, no dia 13 de agosto de 1822, Dom Pedro I passou o poder a Dona Leopoldina, nomeando-a chefe do Conselho de Estado e Princesa Regente Interina do Brasil, com todos os poderes legais para governar o país durante a sua ausência e partiu para São Paulo.
 Nesse meio tempo, a princesa regente recebeu notícias que Portugal estava preparando uma ação contra o Brasil. Sem tempo para aguardar a chegada de Dom Pedro I, Dona Leopoldina, aconselhada pelo ministro das Relações Exteriores, José Bonifácio, reuniu-se na manhã de 2 de setembro de 1822 com o Conselho de Estado, assinando o decreto da Independência, que seu marido oficializou a 7 de setembro, com o famoso grito às margens do Ipiranga.
Para finalizar, os momentos iniciais do desfile e toda a emoção da escola na busca pelo tricampeonato!


Uma ótima semana a todos e não percam o especial "Homenagens" dessa semana. Todo dia, uma atualização sobre um enredo em homenagem a um grande nome da história do Brasil!
Até breve!

2 comentários:

  1. É com muita satisfação que parabenizo esta iniciativa, acima de tudo cultural!
    Nossa história vem sendo contada de muitas formas e acredito que nossa cultura também.
    Todavia, não se pode negar que esta talvez seja nossa maior riqueza.

    Hilton.

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    Respostas
    1. Fico muito feliz com o comentário e espero que continue participando e acompanhando o blog! Obrigado!

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