Uma das maiores campeãs do carnaval carioca da primeira década do século XXI, a Beija-Flor, apelidada de deusa da passarela, passou por maus bocados em 2014, ficando de fora do desfile das campeãs, fato novo para a história recente da escola.
O enredo sobre José de Oliveira Bonifácio Sobrinho, o chamado "Boni", diretor geral da rede globo durante vários anos, não contagiou o público e nem a comunidade nilopolitana pelo visto.
Para 2015 a escola voltou a abordar um tema em que se sente muito "em casa", um enredo afro.
A escola busca voltar a disputar o título imediatamente para que não se "acostume" a ficar de fora dessa disputa. Pelo histórico dos desfiles com enredos similares, podemos esperar um visual bem pesado com muito luxo e um enredo extremamente complexo, o que em outras ocasiões já lhe causou prejuízos em enredo, harmonia, etc.
O samba é muito parecido, tanto na levada como na forma de canto, afinal de contas são mais de 30 anos de Neguinho da Beija-Flor e o inconfundível "olha a Beija-Flor aí gente!":
Vem na batida do tambor
Voltar na memória de um griô
Fala cansada, mãos calejadas
Ouça menino beija-flor
Ceiba árvore da vida
Raízes na verde imensidão
Na crença de tribos antigas
Força incorporada nesse chão
O invasor singrou o mar,
Partiu em busca de riquezas
E encontrou nesse lugar
Novas índias, outras realezas
Destino trocado, tratado se faz
Marejam os olhos dos ancestrais
Nego canta, nego clama liberdade
Sinfonia das marés saudade
Um africano rei que não perdeu a fé
Era meu irmão, filho da guiné
Formosa divina ilha testemunha dos grilhões
Eu vi a escravidão erguer nações
Mas a negritude se congraça
A chama da igualdade não se apaga
Olha a morena na roda e vem sambar
Na ginga do balelé, cores no ar
Dessa mistura, eu faço o carnaval,
canta Guiné Equatorial
Criança, levanta a cabeça e vai embora
O mar que trouxe a dor riqueza aflora
Tem uma família agora
Quem beija essa flor não chora
Sou negro na raça, no sangue e na cor
Um guerreiro beija-flor
Óh minha deusa soberana
Resgata sua alma africana
Voltar na memória de um griô
Fala cansada, mãos calejadas
Ouça menino beija-flor
Ceiba árvore da vida
Raízes na verde imensidão
Na crença de tribos antigas
Força incorporada nesse chão
O invasor singrou o mar,
Partiu em busca de riquezas
E encontrou nesse lugar
Novas índias, outras realezas
Destino trocado, tratado se faz
Marejam os olhos dos ancestrais
Nego canta, nego clama liberdade
Sinfonia das marés saudade
Um africano rei que não perdeu a fé
Era meu irmão, filho da guiné
Formosa divina ilha testemunha dos grilhões
Eu vi a escravidão erguer nações
Mas a negritude se congraça
A chama da igualdade não se apaga
Olha a morena na roda e vem sambar
Na ginga do balelé, cores no ar
Dessa mistura, eu faço o carnaval,
canta Guiné Equatorial
Criança, levanta a cabeça e vai embora
O mar que trouxe a dor riqueza aflora
Tem uma família agora
Quem beija essa flor não chora
Sou negro na raça, no sangue e na cor
Um guerreiro beija-flor
Óh minha deusa soberana
Resgata sua alma africana
Passando a bola para a terra da garoa, falaremos sobre a Tom Maior, que enfrentou um grave problema antes mesmo de iniciar o desfile de 2014, o que lhe tirou alguns pontos, mas mesmo assim, o enredo deixou uma impressão muito positiva.
O carro abre-alas da escola teve uma quebra de eixo antes do início do desfile mas sabiamente a escola solucionou o problema e conseguiu levar o carro pela avenida, mas teve visíveis prejuízos em virtude disso, como é possível observar na foto abaixo:
As empilhadeiras carregaram o carro durante todo o desfile, foram cobertos apenas os nomes da empresa para que não se caracterizassem como propaganda e podemos dizer que essa atitude salvou o belo carnaval da escola:
O carnavalesco Mauro Quintaes, com vasta experiência no carnaval carioca elaborou um belo enredo sobre Foz do Iguaçu, apesar do incidente e da luz do dia que tirou um pouco do brilho da escola. Para 2015 a escola traz o enredo "Adrenalina", quem sabe com inspiração no choque que o incidente do ano anterior causou:
O carnavalesco continua o mesmo e o enredo promete, sem sustos esse ano, confira a letra do samba:
É carnaval, meu amor, me abraça!
A "tom maior" vai arrastar a massa!
A esperança se abre quando o portão se fechar
"É campeão! ", quero comemorar!
A sirene do coração avisou
Chegou a hora, meu amor vai desfilar
Em "tom maior", canto mais alto
E nesse palco faço o povo delirar
Amor é coisa que não se explica
Boca na boca, peito palpita
É coisa louca, faz a perna tremer
Dá aquele arrepio
É adrenalina pra dar e vender!
E nessa festa, amor... Eu quero é mais
Minha alma enlouquece... Ao te ver
Essa paixão, sumaré, não acaba jamais
De corpo e alma me entrego a você
Ao cair da madrugada
Um uivo, um grito a ecoar
Bate aquele calafrio, daqueles de arrepiar
Confesso, é sufocante a escuridão
Quando o medo é companheiro
Desaparece a razão
Um vento que vem, um vulto que vai
Quando a coragem entra em cena
O corpo excita, as veias saltam, o povo grita
Recordes quebrados, limites ultrapassados
No esporte, ao ponto mais alto do podium
A sorte vai me conduzir
Inspiração, transpiração... Até a vitória fluir!
A "tom maior" vai arrastar a massa!
A esperança se abre quando o portão se fechar
"É campeão! ", quero comemorar!
A sirene do coração avisou
Chegou a hora, meu amor vai desfilar
Em "tom maior", canto mais alto
E nesse palco faço o povo delirar
Amor é coisa que não se explica
Boca na boca, peito palpita
É coisa louca, faz a perna tremer
Dá aquele arrepio
É adrenalina pra dar e vender!
E nessa festa, amor... Eu quero é mais
Minha alma enlouquece... Ao te ver
Essa paixão, sumaré, não acaba jamais
De corpo e alma me entrego a você
Ao cair da madrugada
Um uivo, um grito a ecoar
Bate aquele calafrio, daqueles de arrepiar
Confesso, é sufocante a escuridão
Quando o medo é companheiro
Desaparece a razão
Um vento que vem, um vulto que vai
Quando a coragem entra em cena
O corpo excita, as veias saltam, o povo grita
Recordes quebrados, limites ultrapassados
No esporte, ao ponto mais alto do podium
A sorte vai me conduzir
Inspiração, transpiração... Até a vitória fluir!
A carioca quer voltar ao topo e a paulista busca chegar pela primeira vez ao topo, sonhos iguais que chegaram a esse ponto por caminhos diferentes. O objetivo é o mesmo!
Com toda certeza, Carnaval é história. Eu uso nas minhas aulas e dou palestras em escolas, universidades e centro cultural os vídeos dos desfiles.
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