Sou Cultura viva, pulsando no compasso da bateria! Sou sangue do gigante Brasil!

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domingo, 18 de novembro de 2018

Obrigado MANGUEIRA !!!!!!

Este espaço surgiu com o desejo de entrelaçar os conhecimentos históricos com a maior manifestação cultural do Brasil, original do nosso país, sem cópia enlatada. O maior espetáculo da terra é o ar que respiro há muito anos, cantarolando no carro, mentalmente, nas redes sociais, trechos de sambas que inexplicavelmente me fazem arrepiar, relembrar, sentir estar em outro lugar. 
Este espaço hoje vem agradecer por uma tradução dessa relação sonhada, entre história e carnaval, levada à cabo pela Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira para o carnaval 2019. O enredo "História para ninar gente grande", de autoria do carnavalesco Leandro Vieira, é a perfeita tradução do que imaginei ao criar este espaço.
Crédito do logo: Igor Matos
A sinopse do enredo, peça produzida para explicar o enredo e nortear os compositores do samba, é perfeita, por esse motivo publico ela integralmente: 

Sinopse da Estação Primeira de Mangueira para 2019:

HISTÓRIA PRA NINAR GENTE GRANDE é um olhar possível para a história do Brasil. Uma narrativa baseada nas “páginas ausentes”. Se a história oficial é uma sucessão de versões dos fatos, o enredo que proponho é uma “outra versão”. Com um povo chegado a novelas, romances, mocinhos, bandidos, reis, descobridores e princesas, a história do Brasil foi transformada em uma espécie de partida de futebol na qual preferimos “torcer” para quem “ganhou”. Esquecemos, porém, que na torcida pelo vitorioso, os vencidos fomos nós.

 Ao dizer que o Brasil foi descoberto e não dominado e saqueado; ao dar contorno heroico aos feitos que, na realidade, roubaram o protagonismo do povo brasileiro; ao selecionar heróis "dignos" de serem eternizados em forma de estátuas; ao propagar o mito do povo pacífico, ensinando que as conquistas são fruto da concessão de uma “princesa” e não do resultado de muitas lutas, conta-se uma história na qual as páginas escolhidas o ninam na infância para que, quando gente grande, você continue em sono profundo.

 De forma geral, a predominância das versões históricas mais bem-sucedidas está associada à consagração de versões elitizadas, no geral, escrita pelos detentores do prestígio econômico, político, militar e educacional - valendo lembrar que o domínio da escrita durante período considerável foi quase que uma exclusividade das elites – e, por consequência natural, é esta a versão que determina no imaginário nacional a memória coletiva dos fatos.

 Não à toa o termo “DESCOBRIMENTO” ainda é recorrente quando, na verdade, a chegada de Cabral às terras brasileiras representou o início de uma “CONQUISTA”. E, ao ser ensinado que foi “descoberto” e não “conquistado”, o senso coletivo da “nação” jamais foi capaz de se interessar ou dar o devido valor à cultura indígena, associando-a “a programas de gosto duvidoso” ou comportamentos inadequados vistos como “vergonhosos”.

 Comemoramos 500 anos de Brasil sem refazermos as contas que apontam para os mais de 11.000 anos de ocupação amazônica, para os mais de 8.000 anos da cerâmica mais antiga do continente, ou ainda, sem olhar para a civilização marajoara datada do início da era Cristã. Somos brasileiros há cerca de 12.000 anos, mas insistimos em ter pouco mais de 500, crendo que o índio, derrotado em suas guerras, é o sinônimo de um país atrasado, refletindo o descaso com que é tratada a história e as questões indígenas do Brasil. Não fizeram de CUNHAMBEMBE – a liderança tupinambá responsável pela organização da resistência dos Tamoios – um monumento de bronze. Os índios CARIRIS que se organizaram em uma CONFEDERAÇÃO foram chamados de BÁRBAROS.  Os nomes dos CABOCLOS que lutaram no DOIS DE JULHO foram esquecidos. Os Índios, no Brasil da narrativa histórica que é transmitida ainda hoje, deixaram como “legado” cinco ou seis lendas, a mandioca, o balanço da rede, o tal do “caju”, do “tatu” e a “peteca”.

Levando em conta apenas pouco mais de 500 anos, a narrativa tradicional escolheu seus heróis, selecionou os feitos bravios, ergueu monumentos, batizou ruas e avenidas, e assim, entre o “quem ganhou e quem perdeu”, ficamos com quem “ganhou.” Índios, negros, mulatos e pobres não viraram estátua. Seus nomes não estão nas provas escolares. Não são opções para marcar “x” nas questões de múltiplas escolhas.
 Deram vez a outros. Outros que, por certo, já caíram nas suas “provas”. Você aprendeu  que os “BANDEIRANTES” – assassinos e saqueadores – eram os “bravos desbravadores que expandiram as fronteiras do território nacional”. DOM PEDRO, o primeiro, você “decorou”  que era o “herói” da Independência, sem que as páginas dos livros contassem a “camaradagem” de um “negócio de família” tão bem traduzido pela frase do PAI do Imperador, que a ele orientou: “ponha a coroa na tua cabeça, antes que algum aventureiro o faça”. Convém esclarecer aqui que os “aventureiros” citados por DOM JOÃO éramos nós, brasileiros, e que a “independência” proclamada – ou programada - foi para evitar que tivéssemos aqui “aventureiros” como Bolivar ou San Martin, patriarcas bem-sucedidos das “independências” que não queriam por aqui.

 Como “CABRAL”, o “ladrão”, que roubou o Brasil lá pelas bandas de mil e quinhentos, ou PEDRO I, que através de um acordo “mudou duas ou três coisas para que tudo ficasse da mesma forma”, tem também o Marechal, o DEODORO DA FONSECA, homem de convicções monarquistas – amigo pessoal do Imperador PEDRO II – autor da proclamação de uma República continuísta - sem participação popular - traduzida em golpe e que, na ausência de líderes, mandou “pintar” um retrato do Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o TIRADENTES, na tentativa de produzir “um personagem pra chamar de seu”.

 Se a República foi “golpe”, conclui-se que “golpe” no Brasil não é novidade. Nem é novidade que a natureza dos “golpes” ainda estejam mal contadas. A rodovia CASTELO BRANCO “corta” São Paulo com “nome de batismo” em homenagem ao primeiro general “do GOLPE DE 1964”. Para cruzar a Baía da Guanabara em direção a Niterói, lá está a ponte PRESIDENTE COSTA E SILVA, o mesmo que fechou o Congresso Nacional e aditou o AI-5 suspendendo todas as liberdades democráticas e direitos constitucionais. Em Sergipe, em dias de jogos, a bola rola no estádio PRESIDENTE MÉDICI, o general dos “ANOS DE CHUMBO”, do uso sistemático da tortura e dos violentos assassinatos. Nas ruas - por terem lido um livro que “ninou” e não “ensinou” falando da suspensão dos direitos humanos, da corrupção e dos assassinatos  cometidos no período – aparecem faixas para pedir “intervenção militar”, décadas depois da redemocratização.
 Sem saber quem somos, vamos a “toque de gado” esperando “alguém pra fazer a história no nosso lugar”, quiçá uma “princesa”, como a ISABEL, a redentora, que levou a “glória” de colocar fim ao mais tardio término de escravidão das Américas. Nunca esperaremos ser salvos pelos tipos populares que não foram para os livros.  Se “heróis são símbolos poderosos, encarnações de ideias e aspirações, pontos de referências, fulcros de identificação” a construção de uma narrativa histórica elitista e eurocêntrica jamais concederia a líderes populares negros uma participação definitiva na abolição oficial. Bem mais “exemplar” a princesa conceder a liberdade do que incluir nos livros escolares o nome de uma “realeza” na qual ZUMBI, DANDARA, LUIZA MAHIN, MARIA FELIPA assumissem seu real papel na história da liberdade no Brasil.

 O fato é que a atuação de “gente comum”, ou mesmo a incansável luta negra organizada em quilombos, em fugas, no esforço pessoal ou coletivo na compra de alforrias e em revoltas ou conspirações, já enfraqueciam o sistema escravocrata àquela altura. Entretanto, ensinar na escola o nome de “CHICO DA MATILDE”, jangadeiro, mulato pobre do Ceará (líder da greve que colocou fim ao embarque de escravos no estado nordestino, levando-o à abolição da escravatura quatro anos antes da princesa ganhar sua “fama” abolicionista) não serviria à manutenção da premissa de que as conquistas sociais resultam de concessões vindas "do alto" e não das lutas. A história de CHICO DA MATILDE era inspiradora demais para o povo. Não à toa, seu nome não está nos livros.

 Esses nomes não serviram para eles. Para nós, eles servem. Para nós, sentinelas dos “ais” do Brasil, heróis de lutas sem glórias ainda deixados “de tanga” ou preso aos “grilhões”, eles são as ideias que usaremos para “gestar” o que virá. “Engravidados” de novas ideias, jorrará leite novo para “amamentar” os guris que virão. Sabendo outra versão de quem é o Brasil, - não a que nos “ninou” para quando fôssemos adultos – sabendo que CABRAL “invadiu” e que, ao invés de quinhentos e dezenove anos, somos brasileiros há quase doze mil anos. Conhecendo CUNHAMBEBE, a CONFEDERAÇÃO DOS CARIRIS, cientes da participação dos CABOCLOS na luta do 02 DE JULHO NA BAHIA, e sabendo que os índios lutaram e resistiram por mais de meio século de dominação, talvez se orgulhem da porção de sangue que faz de TODOS NÓS, sem exceção, índios.  Sabendo que a “bondosa” princesa Isabel deu vez a “Chico da Matilde”, “Luiza Mahin” e “Maria Felipa”, é possível que reconheçam em si a bravura que vive à espreita da hora de despertar e aí, talvez, o “gigante desperte sem ser para se distrair com a TV”.

 Cientes de que nossa história é de luta, teremos orgulho do Brasil. Alimentados de leite novo e bom, varreremos de nossos “porões” o complexo de “vira-latas” que fomenta nossa crença de inferioridade.  Veremos tanta beleza na escultura de ANTÔNIO FRANCISCO LISBOA quanto no quadro que eterniza o sorriso da Monalisa. Nos orgulharemos do “tupi” que falamos – mesmo sem saber. Daremos mais cartaz ao saci do que à “bruxa”. Brincaremos mais de BUMBA MEU BOI, CIRANDA E REISADO. Nossas crianças enxergarão tanta coragem no CANGACEIRO quanto no “cowboy”. Vibraremos quando SUASSUNA estrear em “ROLIÚDE” sem tradução para o SOTAQUE de João Grilo e Chicó. Não estranharemos caso o  Mickey suba a ESTAÇÃO PRIMEIRA, troque "my love" por "minha nêga" e mande pintar o "parquinho" da Disney com o VERDE E O ROSA DA MANGUEIRA.
POR LEANDRO VIEIRA

Sem mais palavras, apenas OBRIGADO ESTAÇÃO PRIMEIRA DE MANGUEIRA!!!!!

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

#ELESEMPRE - O Carnaval é o BRASIL!

Os desfiles das escolas de samba no ano de 2018, especialmente no Rio de Janeiro demonstraram o alto grau de compreensão da realidade e a capacidade de crítica, análise e comunicação com o clamor das ruas em nosso Brasil.
Vamos fazer uma pequena retrospectiva dos desfiles mais impactantes de 2018 no grupo especial do carnaval do Rio de Janeiro. 

Vamos utilizar como referência a ordem de classificação das escolas. Dessa forma, iniciamos com o enredo da Beija-Flor de Nilópolis, que levou para a avenida o enredo "Monstro é aquele que não sabe amar - Os filhos abandonados da Pátria que os pariu!". Demonstrando uma estética bem diferente do seu estilo, mostrando a modernização da escola, fechou o desfile do grupo especial com fortes críticas ao momento atual que vive o Brasil, mergulhado em denúncias de corrupção e aprofundando o descaso com os assuntos mais doloridos à população, como Educação, Saúde, Segurança, etc.
Vejamos inicialmente a Letra do Samba: 

Oh pátria amada, por onde andarás?
Seus filhos já não aguentam mais!
Você que não soube cuidar
Você que negou o amor
Vem aprender na Beija-Flor

Sou eu, espelho da lendária criatura
Um monstro carente de amor e de ternura
O alvo na mira do desprezo e da segregação
Do pai que renegou a criação
Refém da intolerância dessa gente
Retalhos do meu próprio Criador
Julgado pela força da ambição
Sigo carregando a minha cruz
À procura de uma luz, a salvação!

Estenda a mão, meu senhor
Pois não entendo tua fé
Se ofereces com amor
Me alimento de axé
Me chamas tanto de irmão
E me abandonas ao léu
Troca um pedaço de pão
Por um pedaço de céu

Ganância veste terno e gravata
Onde a esperança sucumbiu
Vejo a liberdade aprisionada
Teu livro eu não sei ler, Brasil!
Mas o samba faz
Essa dor dentro do peito ir embora
Feito um arrastão de alegria e emoção, o pranto rola
Meu canto é resistência
No ecoar de um tambor
Vem ver brilhar
Mais um menino que você abandonou

Ao longo do desfile nosso país foi revelado em suas faces mais perversas: 
Abre-alas representando os centros de poder do país como Senado, Câmara dos Deputados, Palácio do Planalto e Sede da Petrobrás. Na base, o rato simbolizando as relações sujas e subterrâneas que permeiam o poder no Brasil. 
Em cada Cubo, cenas da realidade que sofrem o efeito dessa sujeira nacional. 




Educação, Segurança, Impostos elevados, corruptos em todos os campos, inclusive nos gramados, onde a violência também campeia. Cenas do cotidiano brasileiro!
Porém, da mesma forma em que a realidade nos traz a desesperança, o samba faz o serviço inverso, como na própria letra do samba. 

As escolas de samba realizam diversos projetos sociais em suas comunidades, buscando ocupar os espaços em que os governos não atuam. Dessa forma, construíram o maior espetáculo do planeta, o desfile das escolas de samba, produto genuinamente brasileiro e dessa forma permitem que aqueles que nunca são vistos no dia a dia, tenham noites de reis, rainhas, artistas geniais em suas artes.

Na sequência o assunto mais comentado do carnaval 2018, a até então "pequena" Paraíso do Tuiuti, encantou e representou o sentimento nacional quando bradou o grito de liberdade na Sapucaí. Com o enredo "Meu Deus, Meu Deus, está extinta a escravidão?" e um samba antológico, rasgou a avenida alcançado o inédito segundo lugar no grupo especial, feito maior da escola em sua história. Para muitos, merecedora do título.

Através de um enredo de leitura plástica muito fácil, atraiu o público e com o samba forte e já conhecido antes mesmo do desfile pelo reconhecimento de seu significado na realidade, cutucou forte em temas sensíveis dos últimos anos como a reforma trabalhista, previdenciária, manifestações populares nas ruas contra os governos, etc. O samba enredo já consta nas listas de analistas como um dos grandes da história do carnaval carioca:

Não sou escravo de nenhum senhor
Meu Paraíso é meu bastião
Meu Tuiuti, o quilombo da favela
É sentinela na libertação

Irmão de olho claro ou da Guiné
Qual será o seu valor? Pobre artigo de mercado
Senhor, eu não tenho a sua fé, e nem tenho a sua cor
Tenho sangue avermelhado
O mesmo que escorre da ferida
Mostra que a vida se lamenta por nós dois
Mas falta em seu peito um coração
Ao me dar a escravidão e um prato de feijão com arroz

Eu fui mandiga, cambinda, haussá
Fui um Rei Egbá preso na corrente
Sofri nos braços de um capataz
Morri nos canaviais onde se plantava gente

Ê, Calunga, ê! Ê, Calunga!
Preto Velho me contou, Preto Velho me contou
Onde mora a Senhora Liberdade
Não tem ferro nem feitor

Ê, Calunga
Preto Velho me contou
Onde mora a Senhora Liberdade
Não tem ferro nem feitor

Amparo do Rosário ao negro Benedito
Um grito feito pele do tambor
Deu no noticiário, com lágrimas escrito
Um rito, uma luta, um homem de cor

E assim, quando a lei foi assinada
Uma lua atordoada assistiu fogos no céu
Áurea feito o ouro da bandeira
Fui rezar na cachoeira contra a bondade cruel

Meu Deus! Meu Deus!
Se eu chorar, não leve a mal
Pela luz do candeeiro
Liberte o cativeiro social

Meu Deus! Meu Deus!
Se eu chorar, não leve a mal
Pela luz do candeeiro
Liberte o cativeiro social

Para uma escola vista como "pequena" pela crítica, o resultado obtido foi além das expectativas. Porém, para quem já acompanha os desfiles há mais tempo e não somente do grupo especial, pode observar que a escola já vem tratando de temas relevantes com enredos muito bem elaborados há muitos anos. 

A Comissão de frente foi uma das sensações da escola.

 O presidente da república caracterizado como vampiro, sugando dinheiro e direitos.
As reformas trabalhista e previdenciária também foram alvo de críticas. 

Uma das alas mais emblemáticas foi a dos "manifestoches", fazendo referência aos manifestantes que saíram à rua contra o governo vestindo camisetas da seleção e fazendo panelaços durante falas da então presidente Dilma Roussef. A ala mostrava os mesmos sendo controlados por uma mão não identificada dando a entender que haviam interesses por trás dessas manifestações. 
Um desfile que ficará marcado na história como um dos mais significativos. 

Ainda em 2018 tivemos momentos importantes nos desfiles como o exemplo da Estação Primeira de Mangueira, que com poucos recursos, investiu no samba no pé aliada à crítica forte à falta de apoio das autoridades municipais aos desfiles das escolas de samba, que geram muito retorno turístico e financeiro à cidade. Eis um trecho do desfile, que parece fazer referência ao prefeito da cidade do Rio de Janeiro, muito ligado à uma igreja:

"O morro desnudo e sem vaidade
Sambando na cara da sociedade
Levanta o tapete e sacode a poeira
Pois ninguém vai calar a Estação Primeira
Se faltar fantasia alegria há de sobrar
Bate na lata pro povo sambar
Eu sou Mangueira meu senhor, não me leve a mal
Pecado é não brincar o carnaval!"



No quesito "consciente da realidade", um destaque foi o desfile da Imperatriz Leopoldinense, que fez uma homenagem aos 200 anos do Museu Nacional, localizado no Rio de Janeiro. O desfile buscava além de comemorar a data especial, dar visibilidade às dificuldades financeiras pelas quais o museu vinha passando nos últimos anos, causando graves problemas ao acervo, o próprio prédio histórico e diversas pesquisas que eram conduzidas no complexo do local.




Porém, meses depois o que vimos foi que o apelo não surtiu o efeito esperado e necessário visto que um incêndio acabou por destruir quase totalmente o prédio e uma infinidade de peças e pesquisas únicas, acabando com boa parte de nossa história e se tornando símbolo do cuidado que o país "não tem" com sua história e cultura. 


Estes foram apenas alguns enredos que chamaram a atenção para questões do nosso país muitas vezes deixadas de lado nos noticiários. Os desfiles das escolas de samba são palcos que trazem essas questões ano após ano. Está mais do que na hora de ouvirmos e valorizarmos mais esses espaços onde nós podemos nos encontrar e debater. Esse espetáculo é nosso, é nossa raíz. 
Em 2019 diversos enredos críticos estão sendo elaborados, muitos já possuem sambas de enredo definidos e tocam mais uma vez em feridas da nossa sociedade. 
Por hoje, relembramos alguns momentos de 2018.
Até a próxima!