Infelizmente a Cultura brasileira terá que apenas recordar de um dos seus grandes. Hoje prestamos mais uma singela e justíssima homenagem ao grande mestre Ariano Suassuna. E mais uma vez, as escolas de samba já o haviam feito, em mais de uma ocasião.
O enredo do Império Serrano em 2002 foi: "Aclamação e Coroação do Imperador da Pedra do Reino: Ariano Suassuna". Esta foi uma homenagem em vida, importante sempre salientar.
Sol inclemente, oi
Vai além da imaginação
Sopro ardente, árida terra
Desse poeta cantador
Sede de vida, gente sofrida
Salve o lanceiro, guerreiro do amor
Vai além da imaginação
Sopro ardente, árida terra
Desse poeta cantador
Sede de vida, gente sofrida
Salve o lanceiro, guerreiro do amor
Cabra macho, firmeza, que emoção
Liberdade, esperança, ressurreição
A bondade, a maldade no coração
Amor, verdade, eu encontro neste chão (bis)
Liberdade, esperança, ressurreição
A bondade, a maldade no coração
Amor, verdade, eu encontro neste chão (bis)
(Vem que tem...)
Tem azul, tem encarnado, tem
Numa comunhão de fé
Lança em punho ao som da luta
Desse sonho contra a dor
Resgatando o passado
Desse povo vencedor
Esses reis tão sertanejos
Descendentes de valor
E a cavalgada parte
Lá de Belmonte
Prá serra do Catolé
Tão linda minha corte sertaneja
Marco forte, altaneira do sertão
Buscando na justiça igualdade
Empunhando a bandeira na coroação
Tem azul, tem encarnado, tem
Numa comunhão de fé
Lança em punho ao som da luta
Desse sonho contra a dor
Resgatando o passado
Desse povo vencedor
Esses reis tão sertanejos
Descendentes de valor
E a cavalgada parte
Lá de Belmonte
Prá serra do Catolé
Tão linda minha corte sertaneja
Marco forte, altaneira do sertão
Buscando na justiça igualdade
Empunhando a bandeira na coroação
Hoje o Império é a voz da razão
Onde reina a paz e a união
E é muito mais que uma paixão
Sou imperador... Lá do sertão (bis)
Onde reina a paz e a união
E é muito mais que uma paixão
Sou imperador... Lá do sertão (bis)
Mas para aqueles que não sabem quem foi esta figura. Basta dizer que foi um ícone da cultura, sobretudo POPULAR, genuinamente brasileiro, do SERTÃO NORDESTINO. Defensor do povo:
Abaixo o vídeo ao vivo do desfile emocionante do Império Serrano em 2002:
Entre suas obras imortais estão "O AUTO DA COMPADECIDA!", que foi sucesso na TV e no CINEMA, além de um dos clássicos da literatura brasileira. Por ser uma figura tão marcante na defesa da cultura popular foi abordado pelas escolas de samba em mais de uma ocasião. Além do Império Serrano, a Mancha Verde em 2008 levou para a avenida o enredo:"És imortal... Ariano Suassuna, sua vida, sua obra, patrimônio cultural"
A Mancha é paixão
A razão do meu viver
Em verde e branco, rompi barreiras
Ensinando a vencer
Avante Mancha Verde na avenida
No esplendor do "Auto da Compadecida"
Iluminando a vida em obras
De um menino que nasce pra história
Revolução "batiza" o filho do sertão
No Cariri a emoção
Entra em cena a sedução
Alma de palhaço no picadeiro da ilusão
É na luz do sol que arde a paixão
Faz sorrir o coração
Zélia um mundo de eterna magia em poesia
Cavaleiros dos sertões
A mostrar em tradições
A luta do bem e do mal, herança medieval
Ecoa a voz do Nordeste
Povo guerreiro cabra da peste
Patrimônio cultural
E fez – se então o armorial
Segue o romanceiro tão feliz
Desbravando esse país
Ao preconceito disse não
Se é de igual pra igual
Vou sacudir geral
Suassuna és imortal!
Desde 1989 Ariano era membro da Academia Brasileira de Letras. Até os últimos dias de vida escreveu, sentiu, transplantou para o papel o mundo que via, que sentia, que respirava!
Poeta, Filósofo, Escritor, Criador, Gênio brasileiro, orgulhosamente!
Segue um trecho do desfile da Mancha Verde em 2008, justamente na parte do desfile onde aparece o grande homenageado, especialmente a partir dos 3:30 de desfile.
E para encerrar, podemos nos deleitar e aprender com um pouco de sabedoria, afinal de contas, é sempre melhor nos inspirarmos nos grandes:
Ainda nesta semana perdemos o grande João Ubaldo Ribeiro, que da mesma forma, já havia sido homenageado por uma escola de samba, o Império da Tijuca em 1987, no enredo: "Viva o povo brasileiro!", parafraseando uma de suas grandes obras.
Tudo que vamos contar
Veio de lá de Itaparica
Ilha baiana onde viveu Pirapuama
E os personagens que ilustram essa trama
Dafé, Patrício Macário
E a mística figura do cenário
Ao passar pela Bahia os holandeses
Deixaram gerações, marcaram corações
E tem mais, o barão cruel, homem dominador
Do monopólio da baleia era o senhor
Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô
Ô ô ô ô ô ô ô ô ô
No verde-esperança dos olhos de Maria
Luzia a fé de um povo que sofria
Com ele lutou pelo ideal
De liberdade e justiça social
Após a vitória, coberta de glória
Tomada de emoção
Aprisiona o vencido
Com a sua doçura nas grades do seu coração
No Paraguai, vitória geral
Mas pro Macário desilusão total, ô
Ressoam novamente os atabaques
Agradecendo aos nossos orixás
Lá se foi o general, fim da linha
Hoje ainda existe a canastra
A irmandade da casa da farinha
Por trás dessa alegria
A sombra de uma dor
De um povo hospitaleiro
Viva nós, viva nós
Viva o povo brasileiro (bis)
Veio de lá de Itaparica
Ilha baiana onde viveu Pirapuama
E os personagens que ilustram essa trama
Dafé, Patrício Macário
E a mística figura do cenário
Ao passar pela Bahia os holandeses
Deixaram gerações, marcaram corações
E tem mais, o barão cruel, homem dominador
Do monopólio da baleia era o senhor
Ô ô ô ô ô ô ô ô ô ô
Ô ô ô ô ô ô ô ô ô
No verde-esperança dos olhos de Maria
Luzia a fé de um povo que sofria
Com ele lutou pelo ideal
De liberdade e justiça social
Após a vitória, coberta de glória
Tomada de emoção
Aprisiona o vencido
Com a sua doçura nas grades do seu coração
No Paraguai, vitória geral
Mas pro Macário desilusão total, ô
Ressoam novamente os atabaques
Agradecendo aos nossos orixás
Lá se foi o general, fim da linha
Hoje ainda existe a canastra
A irmandade da casa da farinha
Por trás dessa alegria
A sombra de uma dor
De um povo hospitaleiro
Viva nós, viva nós
Viva o povo brasileiro (bis)
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