Um dos temas mais recorrentes na história dos desfiles da Marquês de Sapucaí foi a floresta Amazônica, referência mundial que identifica o Brasil! No ano de 2002 a Portela trouxe novamente este enredo para a avenida! "Amazonas - Esse desconhecido! Delírios e Verdades do Eldorado Verde!".
Buscamos informações do enredo na sinopse da escola:
"No intuito de permitir ao público em geral os primeiros contatos com aspectos da história amazonense, a idéia de que o Amazonas é apenas um grande rio, uma grande selva, desaparece. Nesse sentido, a Portela mostra seu enredo propondo um "encontro de águas" (de culturas): o rio azul de samba, como nosso poeta Paulinho da Viola cantou, deságua na imensidão do rio Amazonas, escrevendo um poema épico, uma aventura pelas paisagens de sonhos e lutas, derrotas e vitórias, problemas e soluções dessa região que nem sempre pertenceu a Portugal, pois nos primeiros anos que sucederam ao descobrimento da América era parte integrante dos domínios da Coroa Espanhola.
Sendo assim, esse desconhecido Amazonas se revela nesse mergulho edificante que traz à tona verdadeiras sombras do passado viajando nos delírios do seu universo lendário, fazendo-nos chegar mais próximos de nossas raízes, surpreendendo-nos com uma "óbvia" evidência: a história não acabou."
Sendo assim, esse desconhecido Amazonas se revela nesse mergulho edificante que traz à tona verdadeiras sombras do passado viajando nos delírios do seu universo lendário, fazendo-nos chegar mais próximos de nossas raízes, surpreendendo-nos com uma "óbvia" evidência: a história não acabou."
Acompanhe a letra:
Meu coração está em festa
Enlouqueceu
No seu rio mar
Meu rio azul vai desaguar
Sob o verde desse olhar
O Ajuricaba seu canto ecoou
Acunhatã se banhou no lago
Na índia flor se transformou
Amazonas seiva na mata a jorrar
Alumia cadeeiro São José do Rio Negro
Vai Caboclo seringar
Teatro, sinfonia
Zona Franca industrial
Portela faz a festa nesse enredo
Universo tropical
Gira mundo a respirar
Dentro do meu coração
Nesse eldorado Verde
Na palma da minha mão
Poema Odisséia
Emergiu e conquistou o país
Vai meu barco deslizando
Vou pintando esse matiz
É o presente consciente no porvir
Que a vida se preserve
Assim serei feliz
Como a natureza quis
É Boi Bumbá
É boi maneiro
Garantido e caprichoso
No meu Rio de Janeiro
Desenvolvimento do Enredo
SETOR I - Em Busca do "Eldorado" - Este setor abre o desfile da Portela abordando a temática do "Eldorado", um reino todo feito em ouro e pedras preciosas que o desbravador espanhol Francisco Orellana buscava encontrar, nesta parte da Portela que estará pousada sobre esta cidade perdida e guardada pelas lendárias Amazonas.
As Lendárias Amazonas.
SETOR II - Nas Terras de Ajuricaba - Nesta parte mostramos a região onde começou a ocupação do Amazonas: o encontro das águas dos rios Solimões e Negro bem como as Tribos Indígenas que ali habitavam, destacando-se a Tribo "Manáos", cujo grande herói Tuxuaua Ajuricaba era o chefe, na luta de resistência à escravidão do seu povo, sacrificando sua própria vida.
SETOR III - "O Lugar da Barra" (Forte S. José do Rio Negro) - Este setor retrata a construção do Forte S. José do Rio Negro sob comando de Pedro Teixeira que serviu para conquista e defesa do território da Coroa Portuguesa contra as investidas dos Espanhóis, Franceses, Holandeses e Ingleses onde também era a sede das missões Jesuítas na região.
Para garantir os seus domínios na região os portugueses criaram em 1669 o Forte de São José do Rio Negro, em torno do qual surgiu um arraial que se chamou Lugar da Barra e deu origem à cidade de Manaus.
Toda a região amazônica era governada a partir de Belém, capital da província do Grão-Pará, e como tornou-se impossível administrar uma área tão grande, atender à sua população e manter a paz com os indígenas que resistiam à colonização, criou-se em 3 de março de 1755 a Capitania de São José do Rio Negro.
Em 1833 o Lugar da Barra foi elevado à categoria de Vila e foi chamado de Manaus, que significa “Mãe de Deus”, em homenagem aos valentes índios da tribo Manaós. Em 24 de outubro de 1848 a vila recebeu o título de Cidade da Barra do Rio Negro e, em 04 de setembro de 1856, foi finalmente denominada Cidade de Manaus, tornando-se capital da então Província do Amazonas, que fora criada em 05 de setembro de 1850, desmembrando-se do Grão-Pará, para ocupar totalmente a região e resistir às tentativas de expansão do Peru.
SETOR IV - O Eldorado Verde (o Ciclo da Borracha) - Nesta seqüência abordaremos a extração do látex das nativas seringueiras da floresta do Amazonas dando início a uma verdadeira "Corrida do Ouro" e uma migração em massa para a região.
SETOR V - Manaus, a "Paris dos Trópicos" - Neste capítulo mostramos a riqueza dos poderosos "Barões", da borracha e o cotidiano da alta sociedade de Manaus no apogeu do ciclo da borracha, destacando um marco arquitetônico deste áureo período, o luxuoso Teatro Amazonas.
SETOR VI - Zona Franca (Um Porto Aberto para o Mundo) - Neste setor retratamos o comércio e o parque industrial da Zona Franca de Manaus, fundindo a figura do caboclo ao avanço da alta tecnologia dos seus produtos, como fonte geradora de empregos e divisas, atraindo novos investidores e o turismo para a região.
SETOR VII - A Floresta do jeito que Deus quis - Nesta parte mostramos a preocupação do Amazonas com a questão ambiental e a soberania da floresta tropical quanto ao seu desenvolvimento sustentável iniciando-se o chamado "Terceiro Ciclo".
SETOR VIII - O Encontro de Dois Rios (O Amazonas e o de Janeiro) - Terminamos nosso desfile num congraçamento, o ritmo do Boi Bumbá e o samba carioca se misturam com águas de dois rios e se juntam num só criando uma nova cadência. E nesse encontro as culturas se fundem num mar de fantasias.
E assim, a Portela fez sua homenagem ao estado do Amazonas e uniu as culturas dessas duas regiões! Parabéns!
Aprecie algumas imagens do lindo visual que a Portela apresentou nesse desfile, sobretudo da imponente e tradicional águia do abre-alas.
Espero que todos gostem e até a próxima!
O carnaval 2012 está chegando!
Faltam 4 dias!
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